A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), uma das entidades representativa dos caminhoneiros no País, divulgou nota criticando a paralisação convocada para segunda-feira, dia 1º, com o objetivo de fechar algumas rodovias do País.
A paralisação é promovida pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro, liderado pelo empresário Nélio Botelho, que já comandou outras paralisações de rodovias no País. O movimento pede o fim da Lei do Descanso dos caminhoneiros.
Segundo a nota, assinada pelo presidente da Unicam, José Araújo “China” da Silva, a paralisação prejudica a maior parte dos caminhoneiros. A entidade defende as manifestações populares que se espalharam pelo País, mas acusa a convocada pelo Mubc de ser “um movimento grevista mobilizado por empresários travestidos de transportadores autônomos, que usam esses profissionais para atingir interesses próprios, se aproveitando de uma oportunidade política no Brasil, com as manifestações populares vistas nas ruas nas últimas semanas”.
A Unicam defende mudanças pontuais na Lei do Descanso e não a sua revogação. Leia, abaixo, a íntegra da nota.
A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) informa que não apoia o movimento grevista anunciado pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro, com data prevista para a próxima segunda-feira (1º/7).
“A chamada paralisação geral dos transportadores de cargas poderá prejudicar o trabalho que vem sendo realizado por aqueles que desejam realmente melhores condições e dignidade em sua atividade”, afirma o presidente da Unicam, José Araújo “China” da Silva.
Nossa entidade luta pela melhoria das condições de vida e de trabalho dos caminhoneiros do Brasil e tem participado de todas as negociações e debates sobre a Lei 12.619/12, pagamento eletrônico de fretes, RNTRC, entre outros tantos assuntos de interesse do setor, sempre em busca de vitórias para a categoria que representa.
No que pese à Lei 12.619/12, a Unicam entende que a regulamentação da profissão de motorista foi um grande avanço para o transporte rodoviário de cargas e para a sociedade como um todo, já que a atividade era totalmente desregulamentada, mas entende que a mesma carece de ajustes que beneficiarão o setor como um todo.
A Unicam defende as manifestações populares espalhadas pelo Brasil e o direito legal de greve, mas não acreditamos em um movimento grevista mobilizado por empresários travestidos de transportadores autônomos, que usam esses profissionais para atingir interesses próprios, se aproveitando de uma oportunidade política no Brasil, com as manifestações populares vistas nas ruas nas últimas semanas.
Portanto, a Unicam entende que, neste momento específico, a categoria deve defender o aperfeiçoamento da legislação da categoria, e não sua revogação, como defende o grupo que está incitando a greve, e a melhor forma de mudanças necessárias nas legislações do setor é por meio do debate e da busca por soluções conjuntas, e não através de um movimento grevista liderado por uma categoria empresarial travestida de transportadores autônomos.
O SINTONIA FINA - @riltonsp
com Novo Limpinho e Cheiroso
Um comentário:
Manifestações são como recados,faz-se e aguarda resultados,mas o que está acontecendo agora,é que pessoas com interesses, que não são os do povo,estão usando essas manifestações para atingir seus objetivos,e não importa o quanto isso pode trazer de prejuízo ao país e consequentemente ao povo...
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