Por uma questão de cortesia, o ansioso blogueiro assistiu ao Mau Dia Brasil enquanto malhava.
Houve um diálogo entre Keynes e Hayek – a Urubóloga e a Renata Vasconcelos discorreram sobre uma suposta fraude contábil da Petrobras e do cálculo da balança comercial.
Já tomou um desmentido pela proa.
Ela e um desses economistas de bancos que aparecem no PiG (*) – os que nada sabem de tudo.
E a Urubóloga jamais se pronunciou sobre as reservas cambiais do Banco Central nos bons tempos do Gustavo Franco – não havia.
Era uma operação “contábil”.
Tanto que o Brasil quebrou – depois, é claro, da reeleição que o FHC comprou a R$ 400 mil a cabeça.
Mas, só no Brasil o Governo Federal aceita que uma empresa privada que explora, sob concessão, um serviço público, “denuncie” uma fraude conjunta da maior empresa do país e do Ministério da Indústria – que faz os cálculos da balança comercial – e fica quieto.
É o que a SECOM chama de “mídia técnica”.
E do que tratou o Mau Dia ?
Do lock-out dos caminhoneiros.
Foram uns 48′ de estradas fechadas, sob a batuta do Alexandre Maluf Garcia.
Aquele lock-out que a CIA e o Kissinger armaram para derrubar o Allende.
Aquele mesmo que os ruralistas argentinos organizaram contra a Cristina Kirchner.
Os argentinos fecharam as estradas com o apoio integral do sistema Clarín de Televisão.
O Clarín, aqui, no Mau Dia Brasil faz como nas manifestações: cobre, estimula, glamouriza, espicha, indica os caminhos – “já chegou à ponte Rio-Niterói ?”- dissemina o caos e o DESgoverno – e, hipocritamente, condena os vândalos e “os excessos”.
A Globo cobre o DESgoverno para derrubá-lo.
É uma cobertura tão limpa quanto uma operação nas Ilhas Virgens para sonegar impostos.
Foi assim que nasceu na Argentina a Ley de Medios.
Quando a Cristina viu que a cobertura do lock-out tinha o objetivo de derrubá-la.
Como derrubou o Allende.
E foi pra cima do Clarín.
Aqui não !
Paulo Henrique Amorim
Paulo Henrique Amorim
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