05/09/2013

Jornalista revela seu jogo de pressão e chantagem













Em texto publicado em Veja.com, Augusto Nunes afirmou que seis ministros do STF rejeitarão os embargos infringentes, garantindo o fim do processo. No entanto, colocou a faca no pescoço dos juízes. "É improvável que algum ministro mude de ideia nas próximas horas (ou mesmo nos próximos dias). Caso isso ocorra, a coluna se compromete a identificar o convertido, ou os convertidos. E revelar os motivos da conversão", disse ele; o que surpreende não é a atitude de Augusto, mas a de magistrados que se deixam pautar por esse tipo de intimidação...




247 - Em texto publicado ontem em Veja.com, o jornalista Augusto Nunes, que apresenta o Roda Viva, programa da TV Cultura, emissora pública de São Paulo, explicitou como funciona o jogo de pressões, intimidação e – por que não dizer – chantagem diante dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, seis ministros rejeitarão os embargos infringentes, encerrando hoje a Ação Penal 470. "É improvável que algum ministro mude de ideia nas próximas horas (ou mesmo nos próximos dias). Caso isso ocorra, a coluna se compromete a identificar o convertido, ou os convertidos. E revelar os motivos da conversão", disse ele. Leia abaixo:

Se a votação fosse hoje, pelo menos seis ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitariam os embargos infringentes

A loquacidade das novas gerações de magistrados completou o serviço iniciado pela ultrassonografia e ampliado por institutos de pesquisa confiáveis. Já faz tempo que é possível saber com razoável antecedência o que há em barriga de grávida e urna eleitoral. Agora também deixou de ser complicado descobrir o que há em cabeça de juiz.

Habituado a lidar com informações sigilosas, o general Golbery do Couto e Silva ensinou que “segredo só guarda quem não sabe”. Mesmo que a revelação seja repassada apenas a um grande amigo? “Todo grande amigo tem um grande amigo”, constatou Golbery, explicando de que forma acabam se tornando públicas informações aparentemente inacessíveis.

Como também os integrantes do Supremo Tribunal Federal contam o que pretendem fazer a algum grande amigo, que repassa o que ouviu a um grande amigo, é possível afirmar que, se a votação ocorresse neste momento, pelo menos seis ministros rejeitariam os embargos infringentes. A bancada dos que consideram tais recursos descabidos.

É improvável que algum ministro mude de ideia nas próximas horas (ou mesmo nos próximos dias). Caso isso ocorra, a coluna se compromete a identificar o convertido, ou os convertidos. E revelar os motivos da conversão.

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