18/08/2013

“Operação 7 de setembro” da direita

Por Altamiro Borges
Em sua coluna deste domingo (18) no jornal O Globo, o “imortal” Merval Pereira deu a pista. Após expressar seus temores com o julgamento do “mensalão petista", ele apostou as suas fichas nas “grandes manifestações que estão sendo convocadas em todo o país para comemorar o Dia da Independência na visão da cidadania”. Um rápido monitoramento na internet revelou de qual “cidadania” o jornalista gosta. Uma tal “Operação 7 de setembro” está sendo organizada com forte influência da direita nativa. Até o momento, segundo os organizadores, há 126 protestos agendados.




A mobilização não tem nada de “espontânea”. A página do grupo é profissional – com um vídeo incendiário, áudios e outros recursos multimídias. As bandeiras da “Operação 7 de setembro” explicam a alegria do colunista: “prisão dos mensaleiros”, “fim do voto obrigatório” e “reforma tributária”, entre outras propostas que agradam tanto os setores conservadores. Para os mentores do protesto, a reforma tributária deve “desonerar a folha de pagamento das empresas, acabar com a contribuição do salário-educação e parte da contribuição patronal para a Previdência Social”.

Em dezenas de páginas no Facebook, a postura fascistóide dos organizadores da “operação” fica ainda mais explícita. Vários deles pedem “ditadura militar, já”; “fora os petralhas corruptos”; “fechamento do Congresso Nacional”. Há, também, mensagens progressistas por mais educação, saúde e justiça social, mas elas são minoritárias. No caso da convocação do ato para Brasília, alguns insinuam com provocações durante a parada militar do 7 de setembro. Com a chamada jornada de junho, a direita nativa ganhou coragem para ir às ruas – como atestaram várias cenas fascistóides contra as forças de esquerda.
É bom ficar esperto!


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