Basta ver como o Senado se comportou diante da ideia de acabar com a figura do senador suplente, aquele desconhecido que se elege sem um único voto e normalmente é parente ou amigo do titular. Uma excrescência que merece nosso mais efusivo desprezo (inútil, pelo visto).
Percebam que a proposta não era nada radical. Pelo contrário. Propunha apenas reduzir de dois para um o número de penduricalhos. Não passou. O que dizer da emenda apresentada por Eduardo Suplicy? Esta ia aonde todos queremos chegar: que os suplentes também fossem escolhidos de forma direta pela população, e não eleitos automaticamente junto com o titular. Foi rejeitada, obviamente.
É verdade que nenhum manifestante foi às ruas empunhando um cartaz pedindo o fim dos suplentes. São tantas as demandas por mudanças, que seriam necessários quilômetros de cartolina e faixas para dar conta de tudo que precisa mudar nesse País.
Esse argumento, usado por alguns cínicos, não vale, mesmos porque ficou bem evidente que o povo brasileiro quer o fim de todas as mordomias e privilégios indiretos, e nenhum senador ou deputado levou a plenário alguma proposta nesse sentido.
Estão se fazendo de mortos? Não perdem por esperar. Ou acham que são mais espertos que a sabedoria popular? Vão se dar mal. Se a presidente da República não tem poder para encaminhar mudanças, por mais tímidas e oportunistas que sejam, então nossos políticos estão implorando para que a próxima horda que se dirigir às portas do Congresso haja de forma ainda mais violenta. E deixe bem claro o que a voz das ruas está clamando. Avisados, eles já foram.
O SINTONIA FINA - @riltonsp
com O Provocador
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